Onde mora o coração

TIJUCA – Onde mora o coração

J. Carino


Você já reparou, caro leitor, como a Tijuca é grande? Mas não por conta dos limites geográficos, que são consideráveis. É grande, imensa, em virtude do que representa no coração dos cariocas, e, claro, no deliciosamente tendencioso e bairrista coração dos tijucanos.A Tijuca ultrapassa, de muito, as dimensões do bairro. Há uma "alma tijucana" que sobrepaira em muitos lugares do Rio; que sai lá de cima, espiando de pertinho o Alto da Boa Vista, desce pela Conde de Bonfim e Hadock Lobo e chega à fronteira do Maracanã, além de subir verdejante pela floresta de mata atlântica e descer vertiginosamente até ruas tranqüilas já nas cercanias de Vila Isabel.Mas a verdadeira Tijuca também anda por nossa cidade, bela e faceira, no coração dos tijucanos, um coração orgulhoso, eternamente tijucano, mesmo quando o peito em que bate esteja fisicamente longe do bairro querido.A alma tijucana é, a um tempo, aristocrática e popular; conservadora e progressista. Contradição, isso? Não. Temos aí, em verdade, uma dialética bairrística e existencial difícil de entender pelos não-tijucanos. Até as favelas encarapitadas nos morros da Tijuca têm esse espírito mais sofisticado, de um bairro que conserva a classe sem esquecer a ginga nas quadras de escola de samba; que se faz elegância sem deixar de lado a descontração dos bares nas esquinas de ruas ensombradas por velhas amendoeiras, ruas por onde o tijucano de hoje ainda passeia sobre um tapete de folhas caídas em inesquecíveis tarde de outono.Tijuca dos clubes, redutos de lazer que marcaram gerações. Tijuca dos jovens cabeludos andando de lambreta muito antes dos rivais da zona sul, para se mostrar às namoradas. Tijuca dos bons colégios - sejam austeros educandários ou escolas modernas liberais.

Tijuca que nos traz, do passado, o sabor do cafezinho aromático, quente, gostoso, sorvido na porta do Café Palheta da Saens Peña.

Tijuca do comércio ativo, sofisticado, lançando moda vestida por lindas tijucanas - moças bem cariocas, expressões de uma classe média cuidada, inteligente, charmosa.

A Tijuca sempre esteve adiante de seu tempo. Onde, caro leitor, você pensa que se firmaram tanto a bossa nova quanto a jovem guarda? Sim, em garagens e apartamentos tijucanos, de onde rapazes e moças, inovadores e iconoclastas, saíram para conquistar o lado sul da cidade.Tijuca de ontem, de hoje, de sempre, onde o Rio mostra também seu lado família, em casas alinhadas em vilas aconchegantes e floridas.Tijuca, um grande bairro, um dos lugares onde mora, mais carioca e mais feliz, o coração do Rio.



segunda-feira, 19 de julho de 2010

RESTAURANTE QUINTA DA BOA VISTA







Restaurante Quinta da BoaVista

Parque da Quinta da Boa Vista s/n.

Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Tel.: 2589-4279 / 2589-6551

Não bastassem a tradição, a arquitetura e o verde que a cerca, a Quinta da Boa Vista é um local repleto de história.
O Restaurante Quinta da Boa Vista está instalado onde funcionava a antiga capela da residência da Família Imperial. Durante a missa os homens sentavam-se à direita e as mulheres à esquerda (o lado do coração) para não expor o Imperador à tentação, ao menos na hora da missa.
Onde hoje funciona sua cozinha era no passado a casa do sacerdote. Os salões do Restaurante situam-se sobre um dos porões da antiga capela, onde o Imperador costumava passar as noites com suas escravas preferidas. No outro porão castigavam-se os escravos que se rebelavam contra o cativeiro.
A capela da Quinta foi transformada em restaurante em 1954. Possui pinturas em estilo frances e móveis do século XVI e mantém suas características originais.
Para degustar seus fartos, variados e deliciosos pratos, você dispõe de ambientes ao ar livre ou com ar condicionado, estacionamento na porta, taxis registrados, segurança e o atendimento que tornaram a casa padrão de qualidade.

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